Ela nada no mar secreto do casulo adormecido

Suas mãos suaves afagam seus sonhos, ela respira

Ela tenta segurá-lo em seus braços

Mas o sono vai embora

Ela segura mas a luz queima o dia

Sobre o mar secreto ela boia sozinha

Ela vê uma figura descartada na costa

Uma sombra sobre o chão de seu quarto

A maré arrasta o dia

Ela chama, mas o sono boia pra longe

Uma enchente em redemoinho

Invade seu quarto enquanto dorme

Arranca a cabeça dele pra que ela sinta

Os olhos dele se perdem do rosto

O dia arranca

Os olhos dele do rosto

Ela chama

Mas o sono vai embora

Ela chama

Mas o sono boia pra longe

Ela chama

A luz queima o dia