Analise Severo
Página inicial > A > Analise Severo > Poente Distante

Poente Distante

Analise Severo


Quando a tardinha me sento
Mirando o dia morrer
Me paro quieto pra ver
A sombra que se prolonga

As lonjuras se extraviam
Pelo poente perdidas
No entardecer as distâncias
Me parecem mais compridas

O sol na crista dos cerros
Espia já se escondendo
Olha pra o mundo revendo
A trilha do dia vencida

No entardecer de seus dias
Um homem mira a existência
Repisa o chão da querência
Mede as distâncias da vida

Distâncias e entardecer
Tem muitas coisas iguais
Ambas estampas finais
Ambas são fins de jornadas
O entardecer é horizonte
A distância é sesmaria
Um fica no fim do dia
Outra no fim das estradas

Depois que o sol se retira
O passarinho emudece
No açude a água adormece
Se apaga o fogão da estância

Uma quietude serena
Vem tomar conta de tudo
É o mesmo silêncio mudo
Que há no fim da distância

Talvez além da distância
Fique o silêncio do nada
Quem sabe fique a morada
Do sonho e das ilusões

E depois do entardecer
Depois que a mente adormece
A alma voa e parece
ir viver nestes rincões

Distâncias e entardecer
Tem muitas coisas iguais
Ambas estampas finais
Ambas são fins de jornadas
O entardecer é horizonte
A distância é sesmaria
Um fica no fim do dia
Outra no fim das estradas

Composição: Antônio Carlos Boeira; Luiz Bastos

Letra enviada por Alexandro Bentin Ribeiro

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Analise Severo no Vagalume.FM

Mais tocadas de Analise Severo

ESTAÇÕES
ARTISTAS RELACIONADOS