Ana Costa
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Caderneta / a Minha Nega

Ana Costa


Vai lá na tendinha e diz pro “galego” que a coisa tá preta
Que mande fiado e deixe anotado lá na caderneta
Sardinha em lata e um quilo daquela batata lavada
Em casa de pobre, sardinha e batata é bacalhoada!
E mande também cheiro verde, cebola e tomate
Eu pago no fim do mês com o dinheiro daquele biscate
Não vai ser a primeira, nem última vez
Diz pra ele, ô preta
Que cartão de crédito de pobre é a caderneta

Também diz pra ele, oh preta
Pra não errar na caneta
Que eu to derrubado, cambeta
Mas não aturo mutreta
Naquele “vai um” que as vezes “vão dois” a firma desmonta
Pode berimbolar, pode dar bafafá quando fechar a conta

A minha nega quer que eu mude de jurisdição
Sem bala perdida, sem fogo cruzado, sem pertubação

Antigamente quem morava longe era alvo de troça
Mas hoje em dia, meu bem
Morar bem é quem mora na roça
Fica distante do Cristo
Mas perto de Deus o que é ruim fica bom
Se compara, mas não chega aos pés
Em matéria de paz dá de dez no Leblon

A minha nega quer que eu mude de jurisdição
Sem bala perdida, sem fogo cruzado, sem pertubação

Já quitei um lote comprei sem entrada e sem prestação
Botei “dois garrotes, dezoito galinhas e um galo capão”
Alface, chicória e cebola, salsa e cebolinha tirada da horta
Pra fugir dessa guerra nem unha com terra essa nega se importa

Composição: Evandro Lima • Silvão Silva • Claudinho Guimarães

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