Ameta
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O Triunfo É Vermelho

Ameta


Carcaças vivas são depósitos de desesperança.
Os abrigos não trazem segurança.
A falha custa o viver.

Amanhece. Um grito ensurdecente impõe-se:
— Faça por sua nação!
Sem muito que alcançar, peregrinam.
Sobrevivem com o mínimo.
Valores invertidos.

Não há vitória sem sangue. O Triunfo é vermelho.
Seus sonhos e esperança foram mutilados.
O pânico é nato. Conhecimento escasso.

A tortura gera incompetência: o cérebro não filtra mais.
Animais indefesos, tão longe de, outra vez, serem humanos.
Sem trégua. Não conhecem o repouso.

Não há a quem reclamar. Não há misericórdia.
Seus opressores se escondem atrás de uma máscara de migalhas,
O Sofrimento contínuo torna-se estético.

Em meio à multidão, surge um resto humano nu.
Sendo Arrastado. Esfacelado.
Seu povo adestrado grita uníssono:
— Enforque-o! Enforque-o! Enforque-o!
No chão, sobra um rastro de dor,
que serve de exemplo para aqueles tentaram defrontar.

A guerra não acabará, pois não é para ser vencida.

Composição: Ader Moreira

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