Alberto Cabañas e Mizael

Chico Mendes

Alberto Cabañas e Mizael


("O homem é uma árvore
Quando uma árvore cai suas raízes se juntam
embaixo da terra pra continuar
o milagre da repetição dos frutos
Mas se uma árvore cai, mil árvores estão no sertão
Chico Mendes")

Cruza um lamento triste
A floresta emaranhada
Cheira incenso de queimada
Numa verde catedral

Folhas qual carpideiras
Vão choramingando ao vento
Que espalhando seus lamentos
Anunciando morte está

Prantos por uma vida
Fatalmente sentenciada
Sinos de morte matada
Redobram num matagal

Sempre árvore será, esse caixão
Sempre árvore será, sombra e amor
Sempre árvore será, tocha de luz
Espinho e cruz

Esse homem a quem outro sentenciou
Uma árvore será, de sombra e amor
Sempre árvore será, tocha de luz
Espinho e cruz

Uma espingarda espera
Entre as sombras assustada
Sua alma de árvore espantada
Deve a outra árvore matar

Destino miserável
Foi madeira quando criança
Hoje é chumbo de vingança
Guarda entranha vegetal

A história está esperando
Chovem balas, pau, machados
Vida e tronco derrubados
Adubos do seringal

Sempre árvore será, esse caixão
Sempre árvore será, sombra e amor
Sempre árvore será, tocha de luz
Espinho e cruz

Esse homem a quem outro sentenciou
Uma árvore será, de sombra e amor
Sempre árvore será, tocha de luz
Espinho e cruz

Sempre árvore será, esse caixão
Sempre árvore será, sombra e amor

Esse homem a quem outro sentenciou
Sempre árvore será, de sombra e amor
Sempre árvore será, tocha de luz
Espinho e cruz

Composição: Alberto Cabañas, Henrique Bergen

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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