Alaíde Costa
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Estrada do Sertão

Alaíde Costa


Coisa que não arrenego
Nem tão pouco desapega
Ter gostado de você
Foi gostar desenchavido
Encruado e recolhido
De ninguém se aperceber.

Matutando vou na estrada
Nos meus óios a passarada
Faz um ninho pra você
Juriti espreita triste
A jandaia não resiste
Chora junto por você.

Nos teus óios faz clarão
É um verde,um azulão
Tiê sangue furta cor
Que me dá desassossego
Que me suga que nem morcego
Mangando que é beija-flor.

Não me encrespe a vida assim
Já me basta o que de mim
Essa vida caçoou.

Não me faz essa graçola
De me abrir essa gaiola
Pra depois não me prender.

Canta firme juriti
Vê se entoa uma canção
Sabiá me roça aqui
Bem junto do meu coração.
Pousa aqui meu colibri
Vê se tu tem pena d'eu
Quero ser teu bacuri
Quero ser de vóis meçê.

Quanto mais me desfeiteia,
Me despreza,
Mais me arrasto pra você.

Composição: João Pernambuco, Hermínio Bello De Carvalho

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