Akili Alálàá

Herança

Akili Alálàá


[parte 1]
Batam palmas, anunciam os tambores
Quem vem lá, akili "hã" sangue bantu
Africa, berço de um povo tão sofrido
Renovado pelas forças que me torna destemido

É o canto que ecoa em cima de cada frase
Senzala, favela, dinastia de palmares
A batida do tambor, liberdade
Quebra de grilhões
O solo que eu piso é mais batido
E cheio de emoções

Naveguei com o coração de um menino
Com a força do orun, escrevo o meu destino
Energias do além, que me guia a cada manhã
Batizado pelas águas, regido por Iansã

Essa é por Martin, e o guerreiro zumbi
Valeu pela inspiração
Por não deixar a peteca cair
Chibatadas, que não mataram nossa história
Punho forte, que mantem viva essa memória

[parte 2]
Honrando essa etnia como herança
Deuses que não deixa eu cair nessas andanças
Refugio, ancestralidade a cada verso escrito
Não me deixando cair em cada espaço que eu piso

Sentimento que trago no peito a cada dia
Enseios que me fazem suspirar a cada poesia
Batuques pura magia do canto e da dança
Entre culturas e crenças uma divina aliança

Lanças e armaduras onde só restava fé
Aos golpes dos inimigos eu permaneci de pé
Axé! tô firme pro que der e vier
Vou construindo a verdade seja onde estiver

Pele preta no coração, militância no punho
Escrevi minha história
E tirei sonhos do rascunho
Mandiba trago no peito
Simbolo de resistência
Africa! grito de liberdade com eloquência

Composição: Akili

Letra enviada por Bruno Leonardo do Nascimento

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