Agostinho dos Santos

Mulata É a Noite

Agostinho dos Santos

Agostinho Dos Santos


Como eu
A noite nasceu mulata
Na escuridão da cubata
É pecado de subúrbio

Mulata
É distúrbio no musseque
E a lua é pé de moleque
Que adoça a provocação

A noite
É como pano de chita
Que foi esteira de rebita
Deixou missanga no chão

Como eu
A noite é bronze maciço
Liga de prata e feitiço
Gosto de açúcar mascavo

A noite
Tem um travo de maboque
E a mulata é um retoque
Na polpa da natureza

Mestiça
É estrela de bairro pobre
É barro que imita o cobre
Torneado de surpresa
Como eu, como eu

Composição: Tavares da Silva / A. Maria Mascarenhas

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