Olhando na varanda, minha tralha pendurada
Recordei com saudade minha vida passada
Afinei meu violão, com as cordas enferrujadas
Peguei lápis e papel e escrevi esta toada

O meu berrante, o meu chapéu de couro
O meu cavalo, um galo pantaneiro
Bombacha larga, o meu par de espora
Lenço verde, meu cachorro campero
Minha guaiaca peitoral prateado
Capa gaucha e o meu baixeiro
Um par de botas facão afiado
Laço trançado um violão seresteiro

Noites de lua poeira da estrada
A mulher amada, meu amor primeiro
Uma saudade que no peito amarga
Recordações de um velho boiadeiro
Cabelos brancos, rosto enrugado
Retratando os dias derradeiros
Em minha mente, ouço delirando
Gritar distante peões estradeiros
Ou, ou gritar, etc.............................