Ademir e Ademar
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Mulher do Carreiro

Ademir e Ademar


O meu pai foi um carreiro
Que no mês de janeiro
Despediu-se desta vida
Só deixando de herança
Um punhado de criança
E uma casa sem comida

Minha mãe desesperada
Vendo a casa já sem nada
Tomou uma decisão
E pediu pro fazendeiro
O emprego do carreiro
Que morreu em suas mãos

Com enorme soberbia
O sertão naquele dia
Viu tudo se mudar
Foi um grande imprevisto
Porque nunca tinham visto
Uma mulher carrear

Minha mãe foi pioneira
Foi a primeira carreira
Que no sertão carreou
Depois que meu pai se foi
Com o seu carro de boi
Todos os filhos criou

Hoje sou homem casado
Tenho dois filhos formados
Excelentes engenheiros
Graças a minha mãezinha
Que lá no sertão sozinha
Fez trabalho de carreiro

Hoje sentada num banco
Mamãe de cabelos brancos
Uma lágrima que cai
Fala sempre do marido
O carreiro destemido
Que foi o meu velho pai

Composição: Ademir, Tinoco, Nadir

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