• 																					Um dia destes passeando na cidade
    Em frente uma faculdade deu-se um caso interessante
    Vi em apuros um honesto lavrador
    Que ofertava uma flor para uma estudante

    Mas a oferta tão amável do roceiro
    Transformou-se em picadeiro para uma gozação
    Porque o simples lavrador não esperava
    Que aquela estudante não tivesse educação

    O sapatão e o velho chapéu rasgado
    Foi o ponto cobiçado deste show de humilhação
    E o roceiro com o rosto avermelhando
    Com os olhos lagrimando respondeu com precisão

    Não ria, moça, deste teu irmão roceiro
    Que lutou o ano inteiro pra grandeza da nação
    Se minha roupa está assim toda rasgada
    Rasguei no cabo da enxada plantando arroz e feijão

    Lembre-se, moça, que até a grande ciência
    Poderá ir à falência se o alimento faltar
    Até os grandes astronautas do espaço
    Poderão ir ao fracasso se o roceiro não plantar

    Por isso lave essa boquinha primeiro
    Antes de rir de um roceiro que quer ser amigo teu
    E como há sempre um virado bem gostoso
    De feijãozinho lustroso que é caipira igual a eu

Compositor: Antônio de Lima, Sebastião Victor

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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