Adail e Adalberto
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Carreiro do Sertão

Adail e Adalberto

Sonho de Poeta


No tempo que eu fui carreiro, no meu querido sertão
Nos passos lentos dos bois, conhecia o estradão
Saía de madrugada, pra de tardinha voltar
Doze léguas da cidade, pro mantimento entregar
Por causa de uma morena, tinha pressa de chegar
Gritando o nome dos bois, cantando pra disfarçar
Vai, vai boiada, levanta poeira do chão
Puxando a carga pesada, machucando meu coração

Minha boiada carreira, todos bois forte e ligeiro
Canário e fumaça no meio, na frente o Bordado e o Ponteiro
A junta do cabeçalho, era o Segredo e o Estrelo
Todos bois bem ensinado, trabalhava o ano inteiro
O meu carro apodreceu, canga, canzil e tamoeiro
Só ficou como lembrança, o nome dos bois carreiros
Vai, vai boiada, levanta poeira do chão
Puxando a carga pesada, machucando meu coração

Lenço branco na cabeça, minha mãe fazendo pão
Meu pai chegando da roça, indo lá pro mangueirão
Meu irmão de oito anos, vinha de catar pinhão
Era uma vida sofrida, tudo pra nós tava bom
Mas ainda valeu a pena, vivo de recordação
Hoje eu pego na viola, canto a minha canção
Vai, vai boiada, levanta poeira do chão
Puxando a carga pesada, machucando meu coração
Vai, vai boiada, levanta poeira do chão
Puxando a carga pesada, machucando meu coração

Composição: Adail Manzoni

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