Escuta o grito que acoa do gueto Essa é a voz antes calada, exigindo poder aos pretos Eu quero os pretos como eu no topo Cês nos pagaram com ódio, mas podem ficar com o troco
Não tô falando de ação armada Não quero sangue, só quero a honra que nos foi negada Então vai agradecendo, que cês tão com sorte Se nós quisesse vingança, não sobraria nada
Eu quero os punhos cerrados pra cima Vamos marchando em uma direção ao som dessa rima E essa rima soa como um hino aos que como eu Sofreram preconceito desde pequenino
Eles nos quererem isolados, nem querem saber Nas favelas ou cadeias pra apodrecer Mas nós vamos dominar, é só pagar pra ver Injustiçados, tipo Tommy Smith, no poder
[Refrão] Quero poder aos pretos Vagabundos, pra eles. Descendentes do gueto Olha só quem chegou (oh oh oh oh) Nó vamos arrastar Eu quero a multidão com os punhos cerrados pro ar Nada de vacilar (oh oh oh oh)
Racistas como Monteiro Lobato, hipócritas de fato Eles nos querem na gaiola, como ratos Bem distantes pra não ter contato Venderam as almas dos pretos quebramos corrente e contratos
Essa vai pros nosso bisavós, tataravós A todos que sofreram, lutaram, mas não tiveram vós Preto, pardo, índio, pobre Condenados ao descaso, esses somos nós
Eu sou Zumbi dos Palmares, fujo da escravidão Não sou tipo aqueles fantoches da televisão América derrama sangue. Sequela! F**c the U. S. A. , eu sou muito mais Mandela
Pele escura, cabelo tipo bombril Não sou verde e amarelo, mas sou a cor do Brasil Parado em frente ao espelho, vejo a beleza em mim Dane-se o que eles dizem. Somo bonitos, sim!
[Refrão] Quero poder aos pretos Vagabundos, pra eles. Descendentes do gueto Olha só quem chegou (oh oh oh oh) Nó vamos arrastar Eu quero a multidão com os punhos cerrados pro ar Nada de vacilar (oh oh oh oh)
Quero poder aos pretos Quero poder aos pretos Quero poder aos pretos oh oh