Eu conto as horas e as horas não contam Não importa o quanto eu conto Enquanto conto o tempo Foco um desejo em pensamento Assim meu canto vai a seu encontro Pra fazer sessar seu pranto Gentileza humana demonstro Até para o humano monstro Vamos sessar fogo no confronto Ganância e ignorância nos levaram a esse ponto Uns com um grande tanto posando de santo Outros com nada, só somam desalento Que venha o fim dos tempos Por justiça cósmica estou sedento Tento parar o tempo, inutilmente o relógio desmonto Recolho meus pedaços de um passado remoto Soterrado por terremotos Me remonto, me reencontro e me encanto Ren! Renascido das cinzas já não me espanto Alerta, o relógio desperta e me levanto
Enquanto conto as horas pro final Me dá um tempo afinal Desfaço o espaço tempo em tempo real Sou o senhor do meu próprio tempo Interferindo no espaço sideral
Sem muito tempo pra perder tempo Cada momento é impar E cada avanço uma estampa Uma camisa limpa Um palco, um espetáculo à seguir Relógios e seus ponteiros não para pra assistir Abandonam atrasados, vão-se embora Coexistir Inicio, meio e fim Tudo pra agora Correndo contra o tempo a passos apertados Contando as horas Preocupado com a estada Uma cama nesse universo complicado E o tempo pavimenta estradas Abre e fecha portas Questione o rei e faça suas apostas Ele impera, guarda e libera todas as respostas As armas falam As leis se calam Arapucas desarmam E quem se apega a isso tudo não vai sair do lugar Há tempo de colher E ele não antecede o tempo de plantar
Enquanto conto as horas pro final Me dá um tempo afinal Desfaço o espaço tempo em tempo real Sou o senhor do meu próprio tempo Interferindo no espaço sideral