O tempo não corre nem voa Quem corre somos nós Entre asfaltos a pressa presa intacta Mundo não dá voltas, nem gira Ele capota feroz Entre o céu e o chão tanto fogo na mata
Olha ali e olha aqui mais um homem branco e seu narciso A queda na ganância atrás de mais uma mina E se nada mais lhe basta um grito na cara é preciso E eu preciso mais ruído pra cantar tanta ruína
Cair e repetir, repetir e criar Criar e perder, perde e cair Cair e repetir, repetir e criar Criar e perder, perde e cair
A história não é uma escada notória nem se repete, porta giratória A história espirala aleatória Cada degrau deste podre pódio perversa suposta evolução é feita de cadáveres sem direito a memória há cinco séculos em decomposição
Use mantras, loopings, cirandas coloridos paraquedas Desconstruir, destruir, demolir, depredar Leia na língua da terra todo um novo letramento Use o corpo pra cair e a voz pra mergulhar
Cair e repetir, repetir e criar Criar e perder, perde e cair Cair e repetir, repetir e criar Criar e perder, perde e cair Cair é repetir, repetir é criar Criar é perder, perder e cair Cair é repetir, repetir é criar Criar é perder, perder e cair