“Bamo” pra labuta, desperta campeiro Enquanto o clarineio solfeja a alvorada, Que o sol veraneiro já saltou cedito E vem vindo ao tranquito subindo a canhada.
Fogueando a melena (com tons de aquarela) Pra pintar a tela do quadro boreal, Madrugou sorrindo e vem cheio de gana Pra tirar da cama os “hôme” do recal.
Ainda com a lua espetada na quincha, O pingo relincha escarvando a cocheira E o campeiro salta no canto do galo, Pra gastar cavalo no sul da fronteira.
Levanta campeiro! Pra secar as tambeiras Que “tão” na porteira com os “ubre” de arrasto, Desperta Índio “Taura”! Que a lida te chama E os comedor de grama tão pedindo basto.
Só não facilita que o dia te aperta Porque a sorte é incerta, e a vida é traiçoeira, Enjeita o teu ninho, prepara um bom mate E “vamo” dá combate de cabo e soiteira.