Andarilho solitário Que atravessa as campinas E vai indo para Minas Vou pedir-lhe um favor Depois de Monte Carmelo Já chegando em Abadia No recanto de poesia Mora o meu grande amor
Caminheiro da saudade Leve a ela um lencinho Que eu guardo com carinho Desde a festa dos Mateus Diga que é o mesmo lenço Feito de seda amarela Que enxugou os olhos dela No instante do adeus
Diga a ela que a amo Que a saudade é tanta, tanta Não esqueço a casa branca Dos verdes canaviais Diga que distante dela Minha vida não tem graça E conforme o tempo passa Meu amor aumenta mais
Finalmente, caminheiro Diga a minha querida Que na luta pela vida A vitória alcancei Mas jamais tirei da mente Sua imagem tão singela E mulher igual a ela Nesse mundo não achei