Zé do Cedro e João do Pinho

O Narrador Gago

Zé do Cedro e João do Pinho


Assisti à poucos dias uma festa de peão
Numa cidade vizinha lá na minha região
Era rodeio pesado só de campeão
O berrante anunciava a grande competição

O locutor Donizete
Com a sua maestria
Anunciava entusiasmado
Era assim que ele dizia

("Ô minha gente
depois da abertura começa o nosso espetáculo
E em nome da comissão
quero alertar aos senhores aviadores
por ter eles juiz do rodeio
os palhaços salva-vidas e os madrinhadores de pista
Vamos chegando moçada, é hora de trabalhar")

A plateia aguardava com grande euforia
A sequência do rodeio e das montarias
Donizete anunciou que prosseguir não podia
Porque algo inesperado naquela hora sentia

Se alguém o substituísse
Ele então implorou
Um moço lhe atendeu
E assim se apresentou

gago
("Ô minha gente
eu nunca narrei em festa de peão
mas hoje ele me jogou nessa gelada
eu vou ser obrigado a narrar")

A confusão foi formada e todos percebiam
O tal moço era gago e nem falar podia
No meio da multidão só vaia se ouvia
O gago fazia careta e sua voz não saía

O povão foi ao delírio
Em ver o gago em desespero
Soltou o terceiro cavalo
E o gago estava no primeiro

gago
("Atenção peão já taí apertando a barrigueira
Atenção que já vai saí
atenção que já vai abri porteira
e pode guardá o primeiro cavalo")

Composição: Valito, João do Pinho

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