Walther Moraes
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Gineteada No Alegrete

Walther Moraes


Ă s vezes estou lembrando minha vida de ginete quando
montava aporreados lĂĄ pras bandas do Alegrete,tirava
baldas de potros enforquilhado no lombo,nĂŁo trago medo
comigo nem sicatrises de tombo

(Sou gaĂșcho que carrega o Rio Grande nas esporas,nĂŁo
subo em potro por manso nem desso antes da hora,sou
gaĂșcho que carrega o Rio Grande nas esporas)

Certa vez a campo fora pras bandas de duraslau montei
pra tirar a cisma de um potro xucro e bagual,meu Deus
foi tanto corcóvio que o povo fez oraçÔes,ao me ver
sumir ao longe na diração das missÔes

(Sou gaĂșcho que carrega...)

Descemos pelas canhadas num saltoso e de boque,para
acalmar o cavalo nĂŁo adiantou me benzer,ele com nojo
de mim eu agarrado na crina, queria me jogar fora mais
nunca sai de cima

(Sou gaĂșcho que carrega ...)

No outro dia alguém foi na direção que eu
segui,encontrou rastros do potro lĂĄ nas margens do
ibiquĂ­,estava escrito na areia com a espora em trassos
largos,um potro xucro me leva na direção de Sntiago

(Sou gaĂșcho que carrega ...)

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