Vitor Rocha
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Palha na Cabeça

Vitor Rocha

O Mágico di Ó - O Clássico em Forma de Cordel


Mamulengo: Eita, macho véio, tu é lesa, hein, menina? Já falei umas três vezes!
Dorotéia: Não, fulerage, é que isso explica tudo.
Mamulengo: Eu não tô entendendo é nada.
Dorotéia: Exatamente!

Dorotéia
É daí que brota tanta ignorância
Já entendi as faltas de educação
E essas mania de gostar de violência
Agora tudo apresenta explicação

Você tem palha na cabeça
E o que diz nem é por mal
Só quem tem palha na cabeça
Pode achar isso legal

Mamulengo: Como é?
Dorotéia: Eu já me liguei, seu Mamulengo, mas se despreocupe, que a culpa não é sua, pois...

Quem não estuda, quem não lê
Que não procura
Quem não corre atrás de se informar
É obrigado a acreditar no que lhe contam
E um cabra assim é um cabra fácil de enganar

Dorotéia: Você só acreditou no que lhe contaram. Não é bicho ruim, só é ignorante!
Mamulengo: Escute aqui, menina,

Eu tenho palha na cabeça
E esse pode ser o meu defeito
Eu tenho palha na cabeça
Mas isso não lhe deixa no direito

De achar que sabe mais, que sabe tudo
E que atrás de tanta palha, só existe um bobalhão
Tu me respeita e vai deixando de bestagem
Senão eu sou obrigado a lhe dar uma liç...

Dorotéia: Sh! Eu já tenho a solução
Mamulengo: Hein?
Dorotéia: Preste atenção, seu Mamulengo: meu nome é Dorotéia. Eu estou indo de encontro ao incrível e poderoso Mágico Di Ó pedir que ele me ajude a trazer a chuva de volta pra cá. Assim ninguém vai precisar ir embora e eu finalmente vou poder ver um arco-íris cruzando esse céu inteirinho. Por que você não vem comigo também?
Mamulengo: Eu? Por quê?
Dorotéia: Oxente, se o cabra é capaz de me ajudar com uma coisa gigante, do tamanho do céu, ele pode te ajudar com uma coisa mindinha como um cérebro nessa tua cachola!
Mamulengo: Oxente!

Ambos
Nunca mais palha na cabeça
A sua própria opinião você vai ter
Nada de palha na cabeça
A melhor coisa desse mundo é conhecer

Dorotéia: Viu?
Mamulengo: Não, não, não! Parou, parou, chega! Não! E eu lá preciso de cérebro? De Mágico? Eu tô bem como eu tô, eu não preciso de ajuda.
Dorotéia: Ah!

Como é difícil essa sua arrogância
Essa mania de achar que é o melhor
É tanta asneira que tu fala que me cansa

Bem que eles dizem...

Mamulengo: Dizem o quê?

Todos
Que um cabra assim acaba só

Dorotéia: Passar bem, seu Mamulengo.

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