Vitor Rocha

Desastre

Vitor Rocha

Se Essa Lua Fosse Minha


Iago: Eu não sei do que você tá falando
Belisa: Sabe sim! E agora eu sei também. Não é o forte do amigo de vocês guardar segredos, mas ele é um ótimo cúmplice. Assim como você é um ótimo
ator, Florípio era um ótimo criado... Todo mundo nessa história é bom em alguma coisa. Todo mundo tem um talento, um dom... Menos eu. Eu que não sirvo pra nada. Tão desengonçada, tão inútil, tão descartável

Eu sempre fui assim, o fracasso em pessoa
A chacota, o problema, a decepção
Eu tropeço, eu caio eu quebro
Até meu próprio coração

Eu nunca atendi as expectativas
Tão errada, imperfeita, fora do lugar
Eu acreditei nas histórias
Mas agora eu que vou contar

Um desastre é o que eu sou
Só desastres eu fiz
Tantos desastres vou fazer
Mas agora não vai mais ser sem querer

Pirulito: O plano é o seguinte: você vai precisar confiar em mim

Belisa
Eu não contava que era assim que tudo ia terminar
Mas um amigo me ensinou: nem tudo a gente pode controlar
A casa pega fogo, não deixa nem sinal
E ninguém acode a pobre Leila que nunca mereceu esse final

Iago: Leila? O que tem a Leila? O que você quer dizer com essas coisas?
Belisa: Essas coisas? Acontecem. Lenços caem, pessoas morrem, anéis se quebram, casas pegam fogo
Iago: O que você fez, Belisa?
Belisa: Dói, não dói? Assistir alguém pagar um preço injusto e não poder fazer nada

Florípio
Pois ninguém quer saber, quem merece o que tem
E quem vai lembrar de um criado? Ninguém, ninguém!

Pirulito
Se eu não posso te ter, viver já não é sorte
Eu prefiro ter nada, a saída é a morte

Belisa
Eu sempre fui assim: ingênua, enganável
Por isso não tem culpa se olho pra trás
Meu pai, pelo visto, tinha toda razão
Até Deus duvida do que eu sou capaz

O problema não é mais ser amada
Agora eu que sou incapaz de amar
Eu acreditei nas histórias
Mas agora eu que vou contar

Belisa
Um desastre é o que eu sou
Só desastres eu fiz
Tantos desastres vou fazer
Mas agora não vai mais ser sem querer

Cirandeiros
E quem pensou que era assim que tudo ia terminar?
A história avisou lá atrás que não adiantava rezar
A casa pega fogo, não deixa nem sinal
No escuro a Lua assiste e ilumina o desastre final

Florípio
Pois ninguém quer saber, quem merece o que tem
Pirulito
Se eu não posso te ter, é melhor ter ninguém!

Iago
Eu preciso chegar, eu preciso ser forte
Belisa
Sou eu quem vai contar, a história é a morte

Um desastre é o que eu sou
Florípio
Pois ninguém quer saber
Belisa
Só desastres eu fiz
Pirulito
Se não pode te ter
Belisa
Tantos desastres vou fazer
Iago
É preciso ser forte
Belisa
Mas agora não vai mais ser sem querer
Anciã
Não vai mais ser sem querer
Belisa
Mas agora não vai mais ser sem querer
Anciã
Não vai mais, não vai mais
Belisa
Não vai mais ser sem querer

Composição: Vitor Rocha; Elton Towersey;

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