Delfim Se puder me descreva o azul Me explica como é o tamanho do céu E me fala das cores, das flores Eu só sei sabores como o doce do mel
Levi: Bem
O azul é o sopro do ar O céu mede tudo que não é o chão E nem sei por onde começar Pois flores e cores tem mais de um milhão
Delfim Como é algo que é transparente?
Levi É aquilo sem nada a esconder É uma casa sem porta Que abriga e conforta É a coisa mais nobre que se pode ser
Delfim Através dos seus olhos Esse Mundo é mais lindo de ver E eu entendo através das palavras Eu enxergo os menores detalhes Através de você
Eu queria saber das montanhas Levi São gigantes brincando de se esconder Delfim E se os rios pudesse explicar Levi Os rios são braços e pernas do mar
Delfim Como é o pôr-do-sol? O fogo? Como é ser livre pra ir aonde quiser? Como é ficar zonzo? Ver tudo rodar? Poder conhecer qualquer coisa ou lugar Sem precisar se apoiar
Levi Através dos meus olhos Tudo isso você pode ver Só pedir que eu te conto do Mundo Eu vou sempre olhar Por você
Delfim: Levi, como é o amor? Levi: Ora, Delfim, eu sei tanto da aparência do amor quanto você! Não dá pra ver o amor, só sentir Delfim: Mas se você pudesse descrever, colocar em palavras como todo o resto? Levi: Eu não sei, Delfim... Mas eu acho que o amor seria algo firme como um tronco em que a gente se apoia ou algo fino e resistente como uma... Teia de aranha! Porque a gente não pode ver, mas sabe que ele está lá Delfim: Como você pra mim Levi: De certa forma
Levi: O que é isso, Delfim? Delfim: Eu, eu pensei Levi: Nós... Você, eu... Não, Delfim! Isso não é certo! Delfim: Então você me explicou o amor errado ou eu não entendi Levi: Isso é nojento!
Delfim Através dos seus olhos Eu enxergava Mas agora, se eu pudesse, eu trocava Eu ia olhar por você