Verso I Clima sortido na city garoa A voz da revolta na caixa ecoa A navalha afiada pro pobre é chamada de cobra veneno na veia Não voa É foda tio reputação desse brasil Sentenciando a tirar a blusa do menino com frio A brisa avisa que vem chuva pra mãe desprevinida Que agradece a deus pelo neguinho ainda com vida Cada furo no telhado um novo ódio guardado De uma velha história de um pai não-remunerado Numerado como um zé ninguém na estatística ''as vez'' sem culpa mas sem sorte no teste de balística A mina desnorteada sem o pai vai tá fudida Iludida da realidade da bala perdida Que tiro a vida do véio pra sempre ausente Cadê a porra da política correta nunca tá presente Será que tudo isso é só fase é momentâneo Ou será assim o neo-progresso contemporâneo ...
Refrão De tanta maldade mundana? tô firmão Gente invejosa querendo atrasar meu ganha pão Mas se quiser pode tentá pode tentá Na cabeça levo o nome da canção será? Que um dia tudo de errado no mundo vai tá acabado Eu não sei será que sim tomo café to inspirado No otimismo eu vivo investigo sigo abrigo Uma canção no coração na mente de cada amigo
Verso ii A crueldade do mundo persiste Em maldade criada o governo insiste Pro rico dinheiro é um hiate maneiro mas pros Que não são isso aí não existe Não adianta se revoltar pois o governo não se mobiliza Como que pobre fudido na vida com conta E imposto se estabiliza? É difícil lutar por valores enquanto te chamam De errado largado Minha roupa é gg e o meu nome é vg é assim Que eu sou e eu não sou comprado Tá tarde não durmo contemplo minha alma Dá um tempo pro espírito resgatar a calma
O cansaço de ter que ir andando emagrece mais do Que ficar numa sauna Apesar dos pesares grato aos elogios quando pego No mic não é pelo dom É a missão pela real das ruas dou fuga em bico tipo papíon É fútil falar de derrota na comunidade já virou presença Lamento aqueles que seguem veneram idolatram personas Que atuam sem crença Pede bença pra mãe pra sair se ajuíza cuidado pra não ser Em vão Apesar de ser habilitado tá debilitado pega no volante locão Acelera e delira a galera curtindo e bebendo num golf sapão Choro do pai que deitado na cama cogita qual será A cor do caixão Gasolina no tanque e álcool no corpo embaralhou a mente Pra mata um boy filho de empresário uma vodka foi mais Que suficiente Menino imprudente tomando aguardente derrapo na pista Um volvo de frente Bateu e morreu a corrente de ouro jogada no chão frio é quente Minha córnea capta imprudência mas vivo na Minha vô fazê o que? Rimo sobre a vida problemas na ida retrato no ato Pra você entendê No momento me pego sozinho olhando Pra um monte de jovem imaturo Que pensa em bebida só prazer na vida enquanto Eu reflito e penso no futuro As vezes é duro sou roots sou puro Não sou curandeira mas doença eu curo Verdadeiro e ligeiro parceiro num Vem jogar verde pra colher maduro!