Veio dos índios, portugueses e espanhóis Essa mistura que marcou a descendência Desse vaqueano desbravador do rio grande O índio chucro galponeiro da querência Que fez da estância o seu quartel general Do flete amigo um parceiro de valor Conhece todas as quebradas do rincão E tem a fama de grande arrocinador.
Traz na pele queimada e olhar caborteiro A estampa do campeiro amigo e sem luxo Foi nas revoluções um valente guerreiro E o centauro lanceiro do pampa gaúcho.
E quando estão em descanso na fazenda O chimarrão deixa a peonada faceira Enquanto a carne vai assando no braseiro Vão caprichando numa prosa galponeira Fim de semana quando chora uma cordeona E o violão vai ponteando ninguém fala Se entreveram pra escutar os pajadores Nesse momento até o silêncio se cala.
Traz na pele queimada e olhar caborteiro...
O campechano acostumado a toda lida Está presente nos quatro cantos do estado Fica tristonho quando ouve da invernada Lamentos tristes vindos do choro do gado De vez em quando arrisca lá nas carreiras E pras caçadas leva o seu cão rastreador Beira do rancho sempre fica algum guaipeca E lhe esperando a xirua cheia de amor.