Eu senti o frio da neblina Envolvendo todo o meu corpo Com meus olhos vi a chacina De um espírito louco
Perdido, Sorriso falso, amarelo, fingido Pedindo espaço em meio ao acontecido Medindo os passos ao desconhecido
Sem fé... O terço estendido a mão É superfluo incrédulo
Tentando manter o corpo em pé De um modo qualquer A mentira do século
Facções com seus revólveres verbais apontados Direções dos dedos sujos ao réu apontados Bando de putos, imundos, mas que porra mal feita E que o demônio repousa à espreita, calado
Não sei se deus está aqui ou não Não sei se os meus correm por mim então Não sei sair dessa escuridão Não sei se falhas são falhas Migalhas às traças e o resto Tá no meu nome, o papo é reto
Se fosse o medo de perder Nem teria corrido pra no fim morrer Sem saber pelo que tem vivido
Tudo na vida tem motivo, bom ou cruel Sal grosso ou mel Anjos caíram e voltaram ao céu
Fiz meu papel...
Com as mãos sujas de sangue eu sinto a agonia Juro que eu nao queria Eu só queria entender o porquê da foice Se eu... Eu não queria