Tunadão
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Vira a Proa

Tunadão

de capa bem traçada


Cantigas do Maio

Eu fui ver a minha amada
Lá p'rós lados dum jardim
Eu fui ver a minha amada
Lá p'rós lados dum jardim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim
Dei-lhe uma rosa encarnada
Para se lembrar de mim

Eu fui ver o meu benzinho
Lá p'rós lados dum passal
Eu fui ver o meu benzinho
Lá p'rós lados dum passal
Dei-lhe o meu lenço de linho
Que é do mais fino bragal
Dei-lhe o meu lenço de linho
Que é do mais fino bragal

Minha mãe quando eu morrer
Minha mãe quando eu morrer
Ai chora por quem muito amargou
Ai chora por quem muito amargou
Para então dizer ao mundo
Para então dizer ao mundo
Ai Deus mo deu, Ai Deus mo levou
Ai Deus mo deu, Ai Deus mo levou
Ai Deus mo deu, Ai Deus mo levou

Canto Moço

Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor no ramo
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manhã clara

Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca

Coro da Primavera

Cobre-te canalha
Na mortalha
Hoje o rei vai nu
Os velhos tiranos
De há mil anos
Morrem como tu
Abre uma trincheira
Companheira
Deita-te no chão
Sempre à tua frente
Viste gente
Doutra condição
Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores

Maio Maduro Maio

Maio maduro Maio, quem te pintou
Quem te quebrou o encanto, nunca te amou
Raiava o sol já no Sul
E uma falua vinha lá de Istambul

Numa rua comprida El-rei pastor
Vende o soro da vida que mata a dor
Anda ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça a turba rompeu
Que a voz não te esmoreça a turba rompeu

A Formiga No Carreiro

A formiga no carreiro
vinha em sentido contrário
A formiga no carreiro
vinha em sentido contrário
Caiu ao Tejo, caiu ao Tejo
ao pé de um septuagenário
Caiu ao Tejo, caiu ao Tejo
ao pé de um septuagenário

Lerpou trepou às tábuas
Lerpou trepou às tábuas
Que flutuavam nas águas
Que flutuavam nas águas
E do cimo de uma delas
Virou-se para o formigueiro
Ai mudem de rumo
Ai mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
Ai mudem de rumo
Ai mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro

Composição: Zeca Afonso

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