Tribo da Periferia

Negreja

Tribo da Periferia

Verdadeiro Brasileiro


Pode crê
Ae abre a roda, passa a bola eu também sou da maloca
Faço da parte da tribo véi se incomoda
Eae molequinho chega mais!
Da negreja eu sou mais um rap dote
Mais do que fiel
Minha oração não garante a ti uma favela no céu
Mais aí quem garante
O homem engravatado no palácio universal
Que fala que dinheiro não é tudo, mas no bolso é fundamental
Ele se contradiz
Receita para ser feliz
Abra seu caderno e escreva, a loucura vem da raiz
Pegue uma cerveja
Na minha rap religião não desaponta
A bíblia do malandro eu conheço de ponta a ponta

R. A. P
É meu refúgio
R. A. P
É meu escudo
Com Deus eu tudo posso
Com o rap quase tudo

Aqueles que habitam no esconderijo de bandido
E creem em quinze no pente
Não encontrará a paz, jamais compreende me entende
Eu não sou crente, mas de repente a gente se surpreende
Por enquanto inocente eu não sei o que vem pela frente
Aumenta o som
Coloca um rap louco
Código da periferia aqui é favela até o osso

Aí quantas horas?
Vou sair fora daqui a pouco
Vim pra vingar o morro, eu sou largado bicho solto
O senhor é meu pastor, ideias não me faltarão
Pelas veredas da ajustiça vou sem direção
Mais louco que os loucos, assim me sinto bem
Em nome da norte, da sul, da leste, oeste

O meu corpo é minha igreja
Então negreiro eu sou
Minha igreja é o rap
Então negreiro eu sou
E o rap é meu quilombo
Então negreiro eu sou
Meu quilombo é no Df
Então negreiro eu sou
Pode crê
Então negreiro eu sou

Pode crê aí bandido
Aqui quem fala é Osmair
Vinte sete de periferia, malandragem que não agonia
Ritmo, rap e poesia
Assim sou eu a pura periferia de carne e osso
Sou maluco cabuloso
Não preciso dar pipoco e sim uma raja de palavras é o nosso povo
Mendigos drogados necessitados, descriminados
Perifericamente vivendo com os ratos
Situação difícil se acostumaram com o lixo
Desse jeito segue a vida pra manter vivos
O vício, a agonia, o tiroteio
Prossegue a rima na engatilhada da doze um mar de sangue
Se percebe que Planaltina não é aquela cidadezinha de antes
Que se resolvia no braço, hoje em dia o balaço
Aqui até com as crianças tem que ter cuidado
Mas também aqui a administração não ajuda ninguém
Sem emprego, esporte, sem lazer
A desculpa deles é dizer que o rap é som de mala
Aqui pode ser country, forró também rola bala
Pode crê
Eu já vi muito, eu já presenciei
Descriminação social, racial também
Por parte da justiça e o juiz racista e ainda dizem que nessa porra tem democracia
Que nada, palhaçada aqui não pega nada
Por isso expresso minha raiva em forma de palavras

O meu corpo é minha igreja
Então negreiro eu sou
Minha igreja é o rap
Então negreiro eu sou
E o rap é meu quilombo
Então negreiro eu sou
Meu quilombo é no Df
Então negreiro eu sou
Pode crê
Então negreiro eu sou

Uma brasa se ascende no escuro
Sou rapper, sou maluco
Minha rima, meu refúgio entre a cruz e a espada
Minha alma, minha arma revolucionária
Morador como os cabanos, farroupilhas vou lutando
Descendente do sabe nada vivendo no meio dessa balaiada
O rap é nossa negreja
Por isso sinta firmeza
Chega de achar a beleza
Doidera tenha certeza
Código penal é música para os seus ouvidos
Colírio pro seus olhos
Por isso escuta isso mesmo tendo a impura
De vez enquanto seguro a fissura, mas minha cabeça nunca munda
E sem saber a consequência que vier nas manhã pio
Se você não está assim, já esteve pouco
Jogando esse mesmo jogo
Que pra muito cabecinha é um mundo novo
Mais nos só somos, o que só somos agora
Pelos estantes passados, mesmo estando um pouco lombrados
Temos cicatrizes que nos lembra o passado
Ver os olhos vermelhos, certeza de lombra na mente
Lombra da mente, lombra da mente
Lombra da mente, lombra da mente

Diz que Deus dará, diz que Deus dará, diz que Deus dará
Diz que dá, diz que dá, diz que dá

O meu corpo é minha igreja
Então negreiro eu sou
Minha igreja é o rap
Então negreiro eu sou
E o rap é meu quilombo
Então negreiro eu sou
Meu quilombo é no Df
Então negreiro eu sou
Pode crê
Negreiro eu sou, moleque

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