Souza e Monteiro
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Encontro Fatal

Souza e Monteiro


Sentadinha na carçada
Uma veinha esmolava
E quem por ali passava
Um dinheirinho lhe dava
Que Deus lhe pague meu fio
É o que a véia falava

Com seu cabelo branquinho
E seu rostinho enrugado
O sinár do sofrimento
Porque já tinha passado
Trazia um papér escrito
Noutro papér embruiado

Mas numa tarde sombria
Ali passava um sordado
Que arrastando a veínha
Gritando meio irritado, ai
Eu vou levar essa bruxa
Que vai dormir no moiado

Satisfeito a vontade
Chegando lá na prisão
Pegou um barde com água
E foi jogando no chão
E pôs a véia pra dentro
A força do empurrão

No outro dia cedinho
O delegado chegou
Mandô sortá a veínha
Mas de nada não adiantou
Pois a veínha tava morta
A friage não aguentou

Abriram a mão da veínha
Tiraram o papér embruiado
Ali tava o documento
Com um retratinho guardado, ai
Maria Ramos do Carmo
Tava por baixo assinado

O sordado deu um grito
Que os presente estremecêro
E dando um tiro no peito
Ali mesmo pereceu
Pois era sua mãezinha
A veínha que morreu

Composição: Anacleto Rosas Jr.

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