Os ratos em meu quarto sugerem um lugar imundo, podre. Meus dedos, tão pequenos e delicados, revelam minha origem, de moça nóbre. Em minha própria escuridão, acompanhada apenas por minha solidão, eu sobrevivo sem nenhum arranhão!
-"Esses inferno é minha decisão! E se eu morrer o azar é meu, sofro nele por opção! O amaldiçoado aqui sou eu!"
O caos e a violência explodem em minha frágil mente, enquanto todos matam e mentem, pra mim, uma simples moça inocente. Em minha própria escuridão, acompanhada apenas por minha solidão, eu prossigo sem nenhum arranhão!
-"Esse inferno é minha decisão! As minhas dores, são minhas, e isso é assunto meu, sem discussão! Basta! No final devorarei minhas palavras...
E os olhos das trévas vigiam-me, sem em deixar caminhar só, enquanto, cada vez mais, uma refém torno-me junto ao pó!... Em minha própria escuridão, acariciada apenas por minha solidão, eu, eu entristeço-me, sem qualquer arranhão!...
-"Esse inferno é minha decisão! Aqui caminho, aqui sofro! E, se eu tronar-me teu guardião, tomarei para mim o teu espírito!"