Silveira e Silveirinha
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Saudação À Madalena

Silveira e Silveirinha


Bem depois daquele sonho
Lá na Serra dos Cristais
Quando passou mais de um ano
Eu mudei meus ideais

Me tornei um assassino
Amigo dos marginais
Atravessei Mato Grosso
Pra voltar para Goiás


Cheguei em minha fazenda
Junto com meu capataz
Minha filhinha doente
Meu desgosto foi demais

Estava desenganada
Dos órgãos medicinais
A minha esposa em delírio
Chorava em tristes ais

!- “Minha filha, minha filhinha”

- “Tenho fortuna, tenho dinheiro
Tanto dinheiro, tenho tudo
É o mesmo que não ter nada
Ao ver minha filha assim desenganada”

- “José, você se tornou um cruel
Você hoje é um assassino
Você tirou tantas vidas inocentes, José
Medite um pouco, tudo isso pode ser castigo de Deus”

- “Não fale assim, mulher
Deus, Deus não vem me ajudar
Pra ganhar o pão eu tenho que trabalhar
Que disparate, tu me irritas!
Se minha filhar morrer é porque tinha de morrer
Não fique repetindo: Deus, Deus!”

- “Você não acredita
Mas essa imagem que está em minha mãos
Vai salvar a minha filha
E ela vai atender”

- “Capataz, tome essa imagem das mãos dessa cretina”

- “Já vai patrão, sua mulher está brava, hem?
Já que o senhor mandou eu vou amassá-la
É pra já”

- “Valei-me Santa Madalena”

- “Papai, mamãe
Estou curada, estou curada
Foi um milagre!”)

Ouvi o som de um berrante
Sumindo na imensidão
Vi minha filha curada
E chorei de emoção

Ajoelhei soluçando
À ela pedi perdão
À rainha dos boiadeiros
Da nossa grande nação

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Composição: Desonhecidos

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