Sérgio Dall'orto
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Quando eu morri

Sérgio Dall'orto


Fui a mercê, mas foi melhor do que morrer na praia
Pouco com deus é muito e muito sem deus é nada
Tô navegando nesse mar e a vela tá furada
To a mercê, mas é melhor do que morrer na praia
Seres humanos, seres estranhos
Não sejam farsas, não se disfarça
Toda mentira a verdade acha
Sou viajante, to voltando pra minha casa

Não planejei que fosse assim
Todo mundo me ouviu, mas eu não me ouvi
Bati, bati: ei moço, abre a porta aí pra mim
Vim do paraíso
São todos surdos por ali
Hoje eu voltei
Saudade me notou, eu disfarcei
Onde ficam minhas coisas que eu pensei que conquistei?
Eu quis moral, tendo bem material, falhei
Nem todo brilho é joia, nenhuma joia te faz rei
Nem deu pra falar pra todas que eu já desejei
Que tudo aquilo que eu fiz e tudo que eu falei
E a minha cena
Será que ela lembra?

Quem tanto fez, hoje tanto faz
Eu vejo coisa feita pra correr e tantas pra deixar pra trás
No jogo cada um por sí, tem jogador demais
Alguns choraram minha falta, outros ficaram em paz
Mas, já meus inimigos, ficaram todos mais tranquilos
Ao saberem da minha falta, não corriam mais perigo
O que é aquilo? será que é jesus cristo
Tentei falar pra todos, mas nem todos me deram ouvido
Eu não duvido
Quando eu morri, quantos matei comigo?

Tô a mercê, mas é melhor do que morrer na praia
Pouco com deus é muito e muito sem deus é nada
Tô navegando nesse mar e a vela tá furada
Tô a mercê, mas é melhor do que morrer na praia, na praia

Quando confundi coragem com inconsequência
Quando burlei a minha lei, vivi de aparência
Enfim, não planejei que fosse assim
Cheguei aqui, será o fim?
Será que a porta vai abrir pra mim?
Tarde demais pra querer rezar
A oração no meu silêncio ecoa alto aqui nesse lugar
E os que ficaram como vão ficar?
Cade aqueles que um dia eu quis reencontrar?
Mas já, meus inimigos, ficaram todos mais tranquilos
Ao saberem da minha falta, não corriam mais perigo
O que é aquilo? será que é jesus cristo?
Tentei falar pra todos, mas nem todos me deram ouvido
Eu não duvido
Quando eu morri, quantos matei comigo?

Não planejei que fosse assim
Não há verão, primavera, outono ou inverno
Logo agora que escapei dessa fronteira céu inferno
Conflito interno, vejo um homem vestido de terno
Será jesus que tá arrumado, mas eu não enxergo
Vai que é o diabo fingindo de sério
Me desespero
É um homem de terno
Que vai bater o martelo?
Dar a sentença desse ex interno? sei lá
Meus inimigos, ficaram todos mais tranquilos
Ao saberem da minha falta, não corriam mais
O que é aquilo? será que é jesus cristo?
Tentei falar pra todos, mas nem todos me deram ouvido
Eu não duvido
Quando eu morri, quantos matei comigo?

Tô a mercê, mas é melhor do que morrer na praia
Pouco com deus é muito e muito sem deus é nada
To navegando nesse mar e a vela ta furada
To a mercê, mas é melhor do que morrer na praia
Seres humanos, seres estranhos
Não sejam farsas, não se disfarça
Toda mentira a verdade acha
Sou viajante, to voltando pra minha casa

Não planejei que fosse assim
Não planejei que fosse assim
Não planejei que fosse assim
Todo mundo me ouviu, mas eu não me ouvi
Bati, bati: ei moço, abre a porta aí pra mim

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