Saku Cherry
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Caixa de Vidro

Saku Cherry

O Canto das Lavadeiras


Sinto que se eu fechar os olhos esta noite não acordarei mais
a noite ri sabendo que não amanhecerei

Dando voltas no meu quarto escuro as duas horas da madrugada
com a memória ja desvanecida

Minha péle grita por ajuda enquanto o coração quer desistir
ja não há mais o amanhã

Olho atraves da janela o escuro da noite dolorosa e infinita
tendo em mãos minhas lágrimas

Nesta caixa de vidro onde vejo a infinita dor gravada na péle
sangro em uma forma de pedir desculpas
Quaisquer palavras que dicer agora já será tarde demais
corto com a navalha a linha do pensamento

Com espinhos percorrendo minha voz e enrolados ao sol
decido me jogar sem ver

Sinto como se minha péle estivesse sendo arranca de mim
como um mazoquista a tirar sangue

A noite deixa seu posto para a luz da felicidade infectar todos
mas eu não sofro nem um efeito

Coloco minha mão pesada contra a porta sentindo a manhã
logo voltarei a ser cinzas e pó

Nesta caixa de vidro onde vejo a infinita dor gravada na péle
sangro em uma forma de pedir desculpas
Quaisquer palavras que dicer agora já será tarde demais
corto com a navalha a linha do pensamento

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