Real do Cerrado
Página inicial > R > Real do Cerrado > Pra Não Dizer Que Não Falei dos Podres

Pra Não Dizer Que Não Falei dos Podres

Real do Cerrado


Manchete do dia está na capa do jornal
"filha que matou a mãe é presa no pantanal"
Na página seguinte mais um pouco de horror
"uma longa estiagem atingiu e devastou
Mais da metade do sertão e sua população"
Mais umas linhas e uma foto minha no camburão
Por fumar um baseado eu fui fichado e humilhado
Preso como bandido, algemado, encarcerado
Assinei um tco, prestei comparecimento
Tanto gasto do estado
Por causa de um pensamento antiquado
E imposto a força pra sociedade, maconha não é droga
Legalize a liberdade

O mundão desandou, quem era bom se deturpou
Valores se perderam em meio a um furacão de horror
Avalanche de pesadelos, megatons de ondas sonoras
Abalando as estruturas dessa sociedade hipócrita
Prontos pra paz ou pra guerra, nós ainda estamos vivos
Quem é função não gela, enfrenta o inimigo
E se tentar parar o bonde tu vai ser atropelado
E o opressor se esconde quando ouve o meu chamado
Ignorância e desrespeito prevalecem em goiânia

Mais um réu, mais um preso
Mais um corpo na ambulância
Mas não é só aqui em gyn, a bagunça tá geral
O distrito federal já virou zona bacanal
Ladrão da central tá cheio de dólar na cueca
E a choque me batendo pela dola na cueca
País da desigualdade, só não vê quem não quer ver
Que com controle na mão o controlado é voce
Dizem que música que presta é sandy & junior e latino
Que o rap nacional é de ladrao e de bandido
E você ouve o dia inteiro tech rap americano
Que diz pra sua filha virar puta de malandro
Só ostenta e nunca tenta fazer nada pra mudar
Prefere que todo pobre morra mesmo de ak
Mas se esquece que a fortuna do seu pai
Que é empresario, vem da ralação diária
De quem ganha só um salário
Prontos pra paz ou pra guerra
Nós ainda estamos vivos, quem é função não gela
Enfrenta o inimigo, e se tentar parar o bonde
Tu vai ser atropelado, e o opressor se esconde
Quando ouve meu chamado

Quando lanço meu chamado sei que muitos vão escutar
Clamo a união dos mano que tão pronto para matar
Ou pra morrer, se assim tiver que ser
Quem sabe faz a hora não espera acontecer
Careta, maconheiro, pagodeiro, metaleiro, roots
Trance, rap, hip hop, ou haxixeiro, não importa a sua cor
Não importa a sua crença, se for pra somar
Pode chegar e fazer a cabeça
Vamos reclamar e botar ordem nessa casa
Não é certo apanhar da polícia por causa de uma brasa
Levante sua bandeira mano
Você tem poder, o governo te oprime
E você finge que não vê
Te tributam pra caralho e gastam o dobro do outro lado
Metem a mão no seu salário
Enfiam no cú de um empresário
Então se arme de coragem, enfrente o inimigo
Minha mente é a arma e o rap é o caminho
Prontos pra paz ou pra guerra
Nós ainda estamos vivos, quem é função não gela
Enfrenta o inimigo, e se tentar parar o bonde
Tu vai ser atropelado, e o opressor se esconde
Quando ouve meu chamado

Composição: Gugão e Treze

Encontrou algum erro na letra? Por favor, envie uma correção >

Compartilhe
esta música

Ouça estações relacionadas a Real do Cerrado no Vagalume.FM
ESTAÇÕES