Quatro Ases e um Coringa

Terra Seca

Quatro Ases e um Coringa


O nêgo tá, moiado de suó
Trabáia, trabáia, nêgo!
Trábaia, trabáia nêgo!

As mãos do nêgo tá que é calo só
Trabáia, trabáia nêgo!
Trabáia, trabáia, nêgo!

Ai! Meu sinhô, nêgo tá véio,
NĂŁo agĂĽenta!
Essa terra tĂŁo dura, tĂŁo seca, poeirenta...

Trabáia, trabáia nêgo!
Trabáia, trabáia, nêgo!

O nêgo pede licença prá falá
Trabáia, trabáia, nêgo!
Trabáia, trabáia, nêgo!
Nêgo não pode mais trabaiá

Quando o nĂŞgo chegou por aqui
Era mais vivo e ligeiro que o saci
Varava estes rios, estas matas, estes campos sem fim
Nêgo era moço, e a vida, um brinquedo prá mim

Mas o tempo passou
Essa terra secou Ă´ Ă´
A velhice chegou e o brinquedo quebrou

Sinhô, nêgo véio tem pena
De tĂŞr-se acabado!
Sinhô, nêgo véio carrega
Este corpo cansado

NĂŞgo cantou!
Ogum!

Composição: Ary Barroso

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