Pyterson Batalha

Muleke Preto

Pyterson Batalha


moleque Preto,
Como da Vinci
Criando Monalisa

O Rap pra mim
É como bálsamo na ferida
Marabá
Um pedaço da minha vida

Eu
moleque Preto

Eu
moleque Preto

Eu
moleque Preto

Gueto, gueto, gueto

Treze anos de idade
Responsa de adulto

Pai irresponsável
Família sem um puto

Sem informação
Fudido em colégio público

Quando ele morreu
Eu não fiquei de luto

Agora eu voar
Pra chegar em algum lugar

Nem sei o que fazer
Mas, vou me superar

Maluco eu vim da guerra
Não conheci a paz

Meus amigos já morreram
Outros ficaram pra trás

Só Deus na direção
Muita luz no meu caminho

Marchando entre becos
Vielas e espinhos

E quando eu precisava
Descolar mais uns trocados

Jogava no talento,
Jogava apostado

Treze anos de idade
Era cria do Gueto

Eu, do gueto,
moleque Preto

Mas a vida é jogo
Alguém tem que perder

moleque Preto
Improvisa pra sobreviver

Eu
moleque Preto
Morando na parte mais quente do gueto

Eu
moleque Preto
Jogando no nível mais baixo do gueto

Eu
moleque Preto
Morando na parte mais quente do gueto

Eu
moleque Preto
Jogando no nível mais baixo do gueto

Gueto, gueto, gueto

De repente um cara estranho pá entrou no bar

Olhou bem nos meus olhos
E me chamou pra jogar

Não é do nosso time
Mas ai, pode apostar

Tipo X9
Eu senti conspiração no ar

Dinheiro é dinheiro
Ele perdeu assim

Subestimou o moleque do gueto
Chegou ao fim

Se tinha 100 no bolso
Ele perdeu pra mim

Mas a vida é muito loka
Deixa quieto enfim

Começou a se alterar
Começou a me estranhar

Tem algo errado
Eu senti conspiração no ar

Sem mais sem menos
Me falou que era policia

Pagando de civil
Hei cheio de malicia

Na mente do otário
Era o próximo da lista

Sem deixar pista
Pro médico-legista

Tentando me extorquir
Pra não me levar em cana

Mal sabia do meu ódio
Mal sabia da minha fama

Todo errado safado,
Mal intencionado

Jogando com um moleque de menor sequelado.

Pensou que eu tinha medo
Mas ele mal sabia

Que eu já era vida era loka
E via aquilo todo dia

Não na teoria
Sem drama na prática

E na cintura uma pistola automática

Naquele tempo eu fui Sagaz
Agora aprendi
Não quero voltar atrás

Eu
moleque Preto
Morando na parte mais quente do gueto

Eu
moleque Preto
Jogando no nível mais baixo do gueto

Eu
moleque Preto
Morando na parte mais quente do gueto

Eu
moleque Preto
Jogando no nível mais baixo do gueto

Eu
moleque Preto,
Já fui humilhado, pisado, subestimado
Quantas vezes pensei
Em minha Vida dá cabo
Mas eu sabia que tinha alguém ali
Do meu lado, hã
Eu sentia fé

Sentia virtude
Eu clamava
O braço arrepiava
Eu vi a morte na minha frente
Troca de tiros
Corpo no chão
O cano ainda quente a cabeça gira
A mente pira

Eu
Gueto, gueto, gueto
Eu

Eu
Gueto, gueto, gueto
Eu

Eu
Gueto, gueto, gueto

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