PU (Paulo Umberto)
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Boneco Operacional

PU (Paulo Umberto)


Você só quer saber aonde eu cheguei
Só pra me dizer, que eu não alcancei
A superfície, que você deseja
Que eu esteja, e que eu fracassei

Meus olhos me libertam desta hipocrisia
Feita por papai, mamãe, vizinho e titia

Sou eu quem me liberto, pouca coisa é real
Sei que sou boneco, operacional

Hábitos são reflexos de golpes mentais
Que tornam suas ações interesses globais
O taxado é o correto, o isento é marginal
Sei que sou boneco, operacional

Quando eu aperto On eles ligam o Play
Tentam me vender coisas que eu nunca precisei
Pra sobreviver, nem pra aprender

Que é tudo invertido, todo o certo é proibido
E que o estranho é mais bonito; é fácil de vender
Fácil de vender, fácil de vender

Quanto mais dispersos pra vocês, melhor
Dominam todo universo numa cajadada só
Cegam as pessoas rumo a mono visão

Melhor pouco no bolso do que dor nas mãos
Pouco no bolso do que calo nas mãos

Composição: P.Umberto Jr

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