Sobre essas asas que eu flutuo Posso ver a terra daqui Mas não existe claro no escuro Tantas emoções que eu vivi Muitas lágrimas pude impedir Poucas vidas eu vi restar De um mundo de ilusão Um mundo que não sabe o que é amar Todos procuravam mais espaço Sendo que sempre houve território para todos Criaram então individualidades Se aprofundaram em palavras Quando dei por mim Novas línguas foram inventadas Como raças, como bandeiras Símbolos, bebidas e culturas Cada vez estavam mais distintos Cavando sua própria sepultura Erguendo seu brasão com orgulho Tendo vergonha do próximo E o que era o amor de união Se torno as separações do ódio Muita guerra para pouca paz Muita fome para pouca comida Muito sonho para pouca realidade Muitas mentiras para poucas verdades Muitas entradas para poucas saídas Muitos homens para poucos animais Sobrevivo a cada segundo A cada mundo vi tudo mudar A cada era vi novas terras Mas nenhuma delas me fez acreditar Que a paz seria possível Até minhas penas envelhecerem E eu não ter mais força para voar Começará tudo de novo Quando vermos que somos diferentes Que queremos fazer alguma coisa Mas uma opinião é diferente da outra Nunca existirá um oposto em comum Assim seriamos reis, rainhas e ricos Teriamos saúdes e viveriamos em paz Muita guerra para pouca paz Muita fome para pouca comida Muito sonho para pouca realidade Muitas mentiras para poucas verdades Muitas entradas para poucas saídas Muitos homens para poucos animais