Pedro Ortaça
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Milonga do Peão de Agora

Pedro Ortaça


Milonga do Peão De Agora

No meu destino de peão eu sofro muito por dentro
Pois sinto que sinto o centro de grandes
transformações
Aos golpes a evolução tira-me tudo o que quero
E para ser bem sincero me julgo um peão no direito
De guardar dentro do peito as coisas que mais venero

Rodeios, tropas, repontes de gado campos a fora
Som de barbela e de espora, me atraçando os horizontes

Repechos, várzeas, aprontes para uma lida campeira
Sou peão que na vida inteira tem por únicos regalos
Mulher, guitarra e cavalos e a estrada por companheira


Mas não só pressentimentos rodam meus dias atuais
Já vejo as horas finais até dos divertimentos
Ramadas, carreiramentos e os domingos nos bolichos
Deixaram de ser cambichos da gauchada de agora
Que anda a toa estrada afora sem luxos e sem caprichos


Por isso tenho direito de resguardar o que quero
E aquilo que mais venero rejuntar dentro do peito
A evolução não rejeito apenas o que eu anseio
É que ela não ache o meio de transformar-me por dentro

Pois meu coração é o centro de um permanente rodeio.

por nelson de campos

Composição: José Hilario Rematozo / Pedro Ortaça

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