Pedro Bento e Zé da Estrada

A Cigana

Pedro Bento e Zé da Estrada


Um ricaço fazendeiro
Na mansão em que vivia
Mandou ler a sua sorte
A cigana assim dizia
A sua querida esposa
Vai lhe dar uma linda filha
Também a sua criada
A mulher do Zacarias
Vai ganhar um a garotinho
E vão se casar um dia

O homem falou nervoso
Eu não acredito em sorte
Eu só creio no dinheiro
Nunca vi coisa mais forte
Dinheiro eu tenho bastante
Vou apreparar o corte
Contratou um cangaceiro
Foragido lá do norte
Antes de nascer o menino
Empreitou a sua morte

O filho da empregada
Nasceu forte e sorridente
O carrasco teve pena
Daquele pobre inocente
Sequestrou o criancinha
Mas agiu bem diferente
E sujou a sua arma
Com sangue de outro vivente
E mostrando como prova
O patrão ficou contente

Essa criança cresceu
O carrasco deu cultura
Conseguiu vários diplomas
A anel de formatura
Estudando conheceu
Uma linda criatura
E ficou enamorado
Dessa bonita figura
De um dia se casarem
Beijando trocaram juras

No dia do casamento
Ao saírem do altar
Lá estava o pai da noiva
Ocupando o seu lugar
Na igreja entrou uma velha
E vou lhe cumprimentar
Eu sou aquela cigana
O senhor deve lembrar
E o noivo é o menino
Que o senhor mandou matar

Composição: Joaquim M. da Silva, Pedro Bento

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