Parnaso da Modernidade
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Psicologia de Um Vencido

Parnaso da Modernidade


Eu, filho do carbono e do amonĂ­aco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

ProfundĂ­ssimamente hipocondrĂ­aco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardĂ­aco.

Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e Ă  vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roĂŞ-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

Composição: Letra: Poema De Augusto Dos Anjos / Música: Marcelo Silva

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