São parasitas fazem visitas na ignorância Ludibriam extraviam desde a sua infância E você cresce com aquilo na sua mente Com medo no futuro um pesadelo no presente E sente toda conseqüência de uma influência errada Com o pensamento trancado e suas mãos atadas E desatada desamparada aperta a mão Do homem que vai por a sua alma em leilão Não importa a consciência morta que me chama de selvagem Não vai inibir nem restringir minha linguagem Que sobrevivi, não em declive O pensamento no momento da morte ele revive Com magnitude, não se ilude querem matar a atitude Pra que isso nunca mude Debaixo do carpete, aquilo tudo se repete Não se mete pois o que é meu eu tomo A nova geração veio mostrar ao patrão o dono
Refrão
Aqui não tem patrão, aqui não em patrão Andamos contra o vento corremos não contra mão
Nunca vai haver redemoinho sem a porra do vento Não vai haver mão de obra com o operário isento Não vai produção com o explorado em greve
O que precisamos? por que você não se atreve Por que senão voltarmos a escravatura Não vamos dá exemplo para a geração futura
E a cura vai ficar um alvo distante Como um tanque que dispara na cara a cada instante
Eu escureço, eu amanheço no teu mundo Sou endereço do pesadelo mais profundo Você não sabe o que isso significa Não é pala, não é pala, é palafita E eu só valho a mais valia que me cabe
E eu trabalho e que Deus me pague O teu uísque é minha cerveja preta O meu farrapo é tua roupa de etiqueta O meu suor é teu edifício em construção
Refrão
Aqui não tem patrão, aqui não em patrão Andamos contra o vento corremos não contra mão