Numa vila engraçada à beira-mar plantada Um senhor distinto de memória avoada Com olhar brilhante e riso sem parar Causava confusão por onde quer que passar
Seu nome? Quem sabe? Não importa ao final Chamavam-no "Seu Manel", o mestre do astral Com chapéu inclinado e bengala a marchar Dizia "Vai com Deus! " ao invés de "Adeus" a falar
Oh, o tal lusitano, motivo de risada Com seu jeito hilário, causava alvorada Tropeçava nas falas, situações inusitadas Piadas e trapalhadas, numa saga animada
Numa manhã, afirmou ter visto um peixe a voar Subiu numa grade, pronto a pescar o ar Mas o que pegou foi um balde, não peixe algum As gargalhadas rolaram, um espetáculo comum
Na feira, foi comprar bananas bem sadio Saiu com bacalhau, no carrinho atrapalhado Ao pagar, confundiu as contas, o pobre camarada "Quer dez dúzias? " ele perguntou, risos na madrugada
Oh, o tal lusitano, motivo de risada Com seu jeito hilário, causava alvorada Tropeçava nas falas, situações inusitadas Piadas e trapalhadas, numa saga animada
Apesar de todo caos, era amado de coração Espalhava luz com seu jeito de confusão Suas histórias, mesmo tortas, nos aqueciam a alma Numa dança de gargalhadas, sem nenhuma calma
Hoje, se foi, mas sua lembrança não se esvai O senhor das peripécias vive na mente, não sai Nas histórias da cidade, ele é uma estrela a brilhar Com suas piadas tortas, fazendo a vida vibrar
Oh, o tal lusitano, motivo de risada Com seu jeito hilário, causava alvorada Tropeçava nas falas, situações inusitadas Piadas e trapalhadas, numa saga animada