Organoydz S.S
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Incógnita visível

Organoydz S.S


Sinto-te perto quando estás distante
Sinto-te distante no meu pensar obstante
Alvorada risonha a cada amanhecer vital
Incógnita no vazio deste mundo material
Patrimônio latente como a prole na matriz
O dirimir quando a lágrima não apaga a cicatriz
Vacticínio irrevogável do próximo fim
Nunca foste, pois, és quando brota o mim
Sim, o vento oriental nas montanhas de Efraim
Ou mesmo no ribeiro de Cedron
Profundo sentido de um oximoro
Por ti, derrubei preconceitos no meu caminhar
Moldei com o primor do desejar
Uma cidade sem igual no brilho do teu olhar
Por ti fiz-me arrogante e magoei pessoas íntimas
Paguei com a vida o julgamento das tuas lágrimas

II Estrofe

Além de um argumento ou do poder da ciência
És a resposta das minhas contingências
Contigo a morte não é o fim
Eternamente as ruas são parte de mim
Contigo sou, Eliphas Levi cada vez mais raro
A eloquência de Senghor numa estátua de barro
A devoção de Hindús p`ra contramão
Carácter genérico na cinética da expressão
Mecanismo viável p`ra rebelião
És o humor que segrego mas, ninguém vê no meu rosto
Eternamente fria como a água do mar morto
Como Sat Sang, vivo na tua sombra
Sob dia ou noite, sob escarpas e alfombras
As folhas podem secar mas, a raiz permanece
E os sorrisos que morrem rejuvenescem no embrião que cresce
Que cresce, porque o crescer cresce

Refrão
Conheci-te nas paredes do meu quarto
O silêncio! Não, não me deixou farto
Aprendi a morrer duas vezes num segundo
Contigo vou mais profundo

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