Mendigando eternidades

Mendigos pedem esmolas a mendigos

Que nada têm e nada podem dar

Navegando os sete mares

Miragem tatuada

Labirinto de consciência, cantigas que nascem

Ser errante

Bandoleiro das galáxias e fronteiras infinitas

Quanta viagem! Quanta viagem!

Dueleleré duelelakínlakínderé

Duelelakín duelelakínada duelelakínderé

Duelelelakínada duelelakínlakínderé

Ayyyyyy!!!!!!!!!

Toma as rédeas do vôo, aspira, olha

Arranque da esfoladura o que der vida

Coração que palpite, sangue que se agite

Tira a merda que lhe proíba movimentar-se e mexer-se

Temperamento que cresça por dentro

Isento e lento como fogo ardendo

Ao cem por cento com a mente em branco e o punho

contra o vento

Sinta como se move, navegando, ziguezague de

sentimentos

Elementos desatam momentos aqui para dar lugar a

outras tentativas

Falta esperança

Avança a passos de gigantes, mais guerra que avança

O mundo está louco, prefiro falar e grito

Levanta!

Levanta!

Porque você não sabe o começo do final

Vidros quebrados toda manhã

Gritos e ritos, causas e efeitos, efeitos e causas

Sempre tende-ende, tudo tende-ende. Compreenda o que

eu digo!

Para o que mais nos pesa-esa ou o que mais nos dói-ói

Algo tende-ende, ai! Sempre tende

Vinte gramas pesam mais do que toda a minha sorte

Música lançando chamas que lembram a miséria mordendo,

cortante

Alheia à fogueira, à raiva, ao impacto, à glória por

uns instantes

Pulmões cansados buscam oxigênio, a vida revela o

temperamento

Mutantes, elásticos, táticos, críticos, profetas,

diamante bruto aqui

Dueleleré duelelakínlakínderé

Duelelakín duelelakínada duelelakínderé

Duelelelakínada duelelakínlakínderé

Ayyyyyy!!!!!!!!!

Mendigando eternidades

Mendigos pedem esmola a mendigos que nada têm e nada

podem dar

Mendigando eternidades