Eu fui um moço, alma e corpo em alvoroço Um bom campeiro, fui ginete e laçador Eu era um homem que sabia o que queria Nesses rodeios que floreios do amor Hoje cansado e mais pesado me parece o olhar Os meus cavalos já não querem mais correr Tem as patas tão capatas quanto laço Que sai do braço sem gosto de se ver.
Refrão: Passa o tempo, como o vento que se vai E senta o pelo em atropelo sem igual Fica no rosto um desgosto que não sai E anagente uma vertente de água e sal.
Eu fui um moço, lenço e sangue no pescoço Com fé no campo e no meu santo protetor Eu era um homem que enfrentava o que não dava E alguma vez, eu fui talvez o pecador Hoje meus passos tem espaços mais pequenos Mas tenho crença, na sentença popular Se a garganta de quem canta tem mais vida Eu tenho estrada, muita estrada pra trilhar.
Refrão: Passa o tempo como o vento que e vai E senta o pelo em atropelo sem igual Fica no rosto um desgosto quenão sai(2x) E anagente uma vertente de água e sal.