Um estudo feito pela Luminate apontou alguns dados interessantes, e até surpreendentes, sobre a cultura do streaming musical nos EUA. A maior delas é a de que o grosso das audições vem do chamado "catálogo raso de álbuns". Como são chamados os trabalhos mais antigos de artistas da atualidade. Dentre esses, surpreende o sucesso que Drake faz. O canadense foi mais ouvido no Spotify e congêneres do que simplesmente toda a música feita antes de 1980. Outro dado mostra que músicas lançadas no século 21 são responsáveis por 90% do total de audições.

Os serviços também já respondem por quase 70 por cento do consumo musical, ainda que as vendas de vinis e mesmo CDs venha subindo a cada ano.

Para se ter uma ideia, as músicas dos anos 70, e aí incluem-se Led Zeppelin, Queen, Eagles, Fleetwood Mac, Bob Marley e discos emblemáticos de Paul McCartney, John Lennon, David Bowie, Rolling Stones e Bob Dylan, foram responsáveis por apenas 0.36 por cento do total de audições. E as dos anos 60, com Beatles e o catálogo da Motown disponíveis 0.27. Drake sozinho, responde por 0.8 por cento do total.
The Beatles

Por outro lado, é bom lembrar que muitos discos, e músicas, podem ter as datas de lançamento truncadas nesses serviços, ou seja, uma música de 1968 pode estar indexada como se tivesse saído décadas depois, ainda que a Luminate, que faz as apurações que geram as paradas da Billboard, esteja sempre se esforçando para corrigir esses desvios. Ou seja, é possível que o cenário não seja tão desolador para quem ainda cultua os clássicos e sonha vê-los sendo passado para as gerações futuras.