Mais um álbum dos Beatles ganhou uma nova mixagem e faixas bônus. Agora foi a vez de "Abbey Road", o último gravado pelo quarteto e que ontem (26) celebrou o seu cinquentenário de lançamento. Assim como havia feito em "Sgt. Pepper's" (1967) e o "Álbum Branco" (1968), o produtor Giles Martin (filho de George Martin, que produziu as sessões originais), remixou as fitas master e os resultados voltam a surpreender, ainda que talvez com menor intensidade do que o que se viu nos dois trabalhos anteriores.

Isso acontece pelo fato deste ter sido um disco que, ao contrário dos anteriores, foi gravado apenas em estéreo e já em oito canais. Como o próprio Giles falou para a revista Uncut, ele já aponta para como os discos soariam na década seguinte. Ainda assim o que se escuta em músicas como "", "Because", o medley que tomava parte de quase todo o "lado B" e mesmo faixas "menores" como "Octopus's Garden" ou "Maxwell's Silver Hammer" impressionam.

O material extra também não irá apresentar grandes revelações, já que desta vez, já próximos de seu fim, a banda chegou ao estúdio com o material já mais estruturado o que não abriu espaço para maiores experimentações, mas é sempre instrutivo ver como as faixas foram geradas, escutar a banda dialogando, e ouvir músicas que ficaram de fora do disco, caso de duas criações de Paul McCartney: "Come And Get It", dada de presente pelo baixista para o Badfinger ou "Junk", que acabaria ele regravanda em seu primeiro disco solo.

Ouça o "novo" "Abbey Road"