De acordo com o filme "De Volta Para O Futuro 2" (1989) de Robert Zemeckis, foi no dia 21 de outubro de 2015 que Marty McFly chegou "ao futuro". Para marcar os 30 anos desta "chegada", já que filme se passa em 1985, o Vagalume tenta imaginar o que o personagem vivido por Michael J Fox iria estranhar, e o que não iria, no mundo da música atual.

Bruce Springsteen
1 - A Internet e a "música de bolso"
Antes de mais nada, ele certamente estaria surpreso ao ver que hoje em dia a música se tornou portátil, acessível e basicamente gratuita. Se teve algo que os roteiristas do filme não tinham como prever era a revolução da Internet e dos Smartphones.

Dessa forma, McFly seguramente iria adorar saber que toda a discografia do Van Halen - que ele adora, segundo o primeiro filme da série - pode agora estar em seu bolso.

Ele também poderia ver um show da banda praticamente com a mesma formação de 30 anos atrás, já que o vocalista David Lee Roth retornou ao grupo. O que o jovem certamente não saberia é que Lee Roth deixou o grupo em 1985 que seguiu fazendo muito sucesso com Sammy Hagar nos vocais durante o resto dos anos 80 e pela década de 90.

2 - A música do século 21
Uma das melhores cenas da primeira parte do filme (1985) é aquela em que ele "inventa" o rock 'n' roll quando toca um futuro hit de Chuck Berry, para logo depois deixar o público assustado quando começa a solar à maneira de Eddie Van Halen.

Será que ele agiria da mesma forma se tivesse contato com algumas variantes mais extremas, e mesmo outras não tão radicais assim, do heavy metal atual? Provavelmente sim.

Calvin Harris
Calvin Harris Calvin Harris (Foto: Rafael Canas)
A música eletrônica que ouvimos nas nossas pistas, talvez também o surpreendessem - ou não, afinal a ideia de que a música do futuro seria mecânica e robótica sempre esteve entre nós.

Também seria curioso ver o que ele acharia da cena com os DJs superstars, que levam
multidões aos seus shows, sem precisar tocar nenhum instrumento.

Por outro lado, em 1985 francês Jean Michel Jarre já fazia megashows de música eletrônica que muito se parecem com o que vemos hoje em dia em festivais como o Tomorrowland.

Madonna
Madonna Madonna em 1985
3 - O que não mudou tanto assim
Outras coisas dariam para ele uma provável sensação de segurança, ainda que acompanhadas de surpresa. Por exemplo, Madonna, que teve dois dos maiores singles de 1985, segue enchendo estádios e arenas mundo afora - ainda que esteja vendendo bem menos discos. Mas como ele reagiria ao saber que são preciso apenas duas datas em média da Rebel Heart Tour, a mais recente dela, para que a cantora fature o equivalente a todos os shows da The Virgin Tour - o giro de 1985?

Quando chegasse em 2015, McFly também iria ver que aquela banda irlandesa que em 1985 tinha toda a pinta de que iria estourar, realmente cumpriu a sua missão. 30 anos depois o U2 ainda é gigante.

Rolling Stones
Rolling Stones Keith Richards (Foto: Getty Images)
4 - O que já era estabelecido em 1985 e segue em 2015
O jovem também ficaria confuso ao ver um disco recém-lançado de Keith Richards nas lojas e que os Rolling Stones ainda seguem na ativa.

Em 1985 a banda quase acabou depois que Mick Jagger lançou seu primeiro álbum solo. Para completar, há 30 anos era difícil imaginar que uma banda pudesse se manter unida por mais de cinco décadas.

McFly também saberia que Bruce Springsteen, o autor de "Born In The USA", o disco mais vendido de 1985, segue bastante popular e que ele ainda faz shows que duram várias horas.

5 - O que lhe causaria tristeza
McFly também teria vários motivos para ficar triste. Afinal imaginem como seria para ele de repente se deparar com um mundo sem Michael Jackson, Freddie Mercury, todos os Ramones originais e com um Beatle a menos (George Harrison morto em 2001)? Isso para não falarmos de Miles Davis, James Brown, Ray Charles, Frank Sinatra, Johnny Cash e muitos outros que nos deixaram desde então.