Há exatos 20 anos, o Oasis lançou o seu segundo, e mais bem sucedido, álbum. "(What's the Story) Morning Glory?", vendeu cerca de 22 milhões de cópias ao redor do mundo, estourou a banda no mercado americano e segue como um dos discos mais vendidos de todos os tempos no Reino Unido.

Curiosamente, o álbum não foi tão bem recebido inicialmente pelos críticos - ao contrário do álbum de estreia do quinteto que foi coberto de elogios. Verdade seja dita "Morning Glory", poderia ser realmente ainda melhor.

E nesse caso, a "culpa" nem pode ser atribuída ao seu rápido lançamento - o disco saiu apenas um ano depois de seu antecessor - o que poderia dar a impressão de um trabalho feito às pressas. Noel Gallagher, na época o líder absoluto da banda, tinha em mãos músicas muito mais fortes que várias que entraram no disco.

O problema é que o guitarrista, em um acesso de autoconfiança, contrariou até o chefe de sua gravadora e optou por relegar material de primeira linha como "Talk Tonight", "Round Are Way" e principalmente "Acquiesce" aos lados B dos compactos. O próprio Noel mais tarde mostrou-se arrependido/surpreendido com tais decisões.

Oasis
Felizmente, o guitarrista estava em seu auge como compositor, o que significa que o disco veio recheado de canções que estavam prontas para virar sucesso.

Basta dizer que seis das dez faixas do álbum - descontando as duas vinhetas - se tornaram conhecidas, com duas ou três delas hoje podendo ser chamadas de clássicas.

O álbum espalhou o Britpop em todo o mundo, e fez dos irmãos Gallagher dois dos maiores ícones da música dos anos 90. Nos meses seguintes eles acabaram por tomar o Reino Unido de assalto.

Foram capas de revista, fofocas nos tabloides, especiais de televisão e shows cada vez maiores, que culminaram com as duas apresentações em Knebworth em agosto de 1996 que foram vistas por um total de 250 mil pessoas

Relembre agora três grandes momentos do disco:

"Some Might Say"
O single que apresentou o álbum, também foi o primeiro número 1 da banda no Reino Unido. A faixa traz tudo o que se espera de uma boa canção deles: uma melodia forte, o arranjo que equilibra o lado pop com o roqueiro, a letra otimista e uma das melhores interpretações de Liam.





"Wonderwall"
Por incrível que pareça, a faixa mais popular do disco não chegou ao topo da parada britânica - ela estacionou na segunda posição. Ainda assim, foi essa balada, que colocou o grupo no "inconsciente coletivo" bretão e estourou de vez a o quinteto no resto do mundo. "Wonderwall" é uma canção tão simples quanto eficiente, com sua estrutura básica, uma melodia memorável e um dos grandes refrãos do pop moderno.





"Don't Look Back In Anger"

O quarto, e último, single do disco no Reino Unido, Noel no vocal principal. Uma balada épica, a faixa começa com uma introdução ao piano que soa perigosamente parecida com a de "Imagine" de John Lennon. Passado o "susto" o que se tem é outra canção que se tornou clássica e se mostrou verdadeiramente universal. Ao contrário de "Wonderwall", essa chegou ao número 1 na Inglaterra.



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