Jessie J - Sweet Talker
Jessie J
Jessie J Sweet Talker
A inglesa de 26 anos está lançando seu terceiro álbum e ele foi feito claramente com o objetivo de emplacá-la no mercado americano. Explicando: "Alive", seu segundo trabalho do ano passado, sequer foi lançado por lá porque a gravadora concluiu que o trabalho não iria funcionar com o público dos EUA.

Foi então cogitada a hipótese dela gravar algumas canções ao lado de nomes como Pharrell e, dessa forma, criar um novo álbum que teria mais chances de fazer sucesso na América. No final das contas a cantora preferiu partir do zero e gravar logo seu terceiro disco.

Ainda é cedo para dizer se essa estratégia foi bem sucedida, mas ao menos o single "Bang Bang (feat. Ariana Grande, Nicki Minaj)" já se tornou seu maior sucesso nos EUA, tendo chegado ao terceiro lugar na parada.

Jessie J letras
A curiosidade agora está em saber se o álbum conseguirá um desempenho tão bom e se Jessie será capaz de emplacar mais singles por ali, agora sem o auxílio de convidados especiais.

O maior problema de "Sweet Talker", talvez esteja no fato dele ter muitas canções que a crítica internacional chamou de "genéricas". Ou seja, são músicas bem produzidas, e com apelo comercial, mas que não ficam marcadas no ouvinte.

Para sermos sinceros, nem todo o álbum é assim, já que ele cresce principalmente em sua segunda metade.

É quando surgem músicas ótimas como "Seal Me With a Kiss (Feat. de La Soul)" - com excelente ponta do lendário trio de hip hop De La Soul ou a épica "Loud (feat. Lindsey Stirling)" onde a cantora mostra ser dona de uma voz potente e de personalidade. Igualmente boa é a retrô "Keep Us Together" e, assim como essas, é possível encontrar outros bons momentos em um disco pop no geral bastante simpático.

Ouça "Bang Bang" com Jessie J presente no álbum "Sweet Talker"





You+Me - rose ave.
You+Me
You+Me rose ave.
Antes de mais nada é preciso dizer que apesar de estar sendo descrito como um álbum de folk, esse não é bem o caso. Até porque não temos aqui canções tradicionais e muito menos músicas de protesto e/ou que fazem comentários à respeito da sociedade moderna como é comum no gênero em sua forma mais tradicional.

Não que isso seja algo ruim, mas é apenas para deixar claro que a união de Pink e Dallas Green não tem quase nada de, digamos, Odetta ou Woody Guthrie (para ficarmos em dois dos maiores nomes da folk music americana).

O que podemos afirmar é que "rose ave." faz sim uso de certo "espírito folk", especialmente pela opção de usar o mínimo de adorno nas canções e da predileção por instrumentos acústicos. Outra coisa que pode ser dita é que esse é um disco muito bonito.

You+Me letras
Também é bom notar que tanto Dallas quanto Pink - ou melhor dizendo Alecia Moore - são igualmente responsáveis pelo sucesso deste trabalho.

No caso dele isso até já era esperado, e quem ouviu os bons discos do City And Colour sabe do que estamos falando. Ao mesmo tempo é surpreendente ver uma popstar da magnitude de Pink se arriscando em uma área completamente nova e saindo-se bem na empreitada.

A estreia do You+Me tem tudo para agradar não só os fãs de seus dois componentes, mas também aqueles que não gostam, ou simplesmente não conhecem, os seus trabalhos. Dessa forma, vale torcer para que esse não seja um daqueles projetos únicos e sim que de tempos em tempos a dupla volte para gravar mais álbuns como esse.

Ouça "Break The Cycle" com o You+Me presente no álbum "rose ave."





Julian Casablancas + The Voidz - Tyranny
Julian Casablancas (and The Voidz)
Julian Casablancas (and The Voidz) Tyranny
Antes de mais nada, é preciso dizer que esse disco não se lembra em quase nada os Strokes e muito menos "Phrazes For The Young", a estreia solo de Casablancas, que era um álbum bem pop.

"Tyranny", gravado junto com o The Voidz, é algo bem diferente. Um álbum sujo e barulhento, feito sem aparente sem preocupação em agradar o mercado ou o grande público - algo provavelmente já percebido por quem viu o show dele no primeiro semestre no Lollapalooza.

A grande vantagem é que, ao menos em disco, Julian e sua banda conseguiram colocar alguma ordem em suas ideias. Assim, apesar do clima de desconforto ainda permear o trabalho ele está longe do caos visto nos primeiros shows deles.

Julian Casablancas (and The Voidz)
Julian Casablancas (and The Voidz) Julian Casablancas, de braço cruzado, com o The Voidz
Dessa forma já está claro que esse é um daqueles discos que exigem um pouco de paciência do ouvinte - e que mesmo assim muita coisa aqui não deve resistir a muitas audições. Por outro lado, é sempre bom ver um artista assumindo riscos e botando pra fora o que sente vontade, mesmo que isso signifique alienar parte de sua audiência.

No final, como um novo álbum dos Strokes deve demorar a sair - se é que vai - os fãs de Julian e de sua voz, terão que buscar consolo nas faixas desse disco. A boa notícia é que ele tem vários momentos suficientemente interessantes para tornar a espera mais agradável.

Ouça "Where no Eagles Fly" com Julian Casablancas presente no álbum "Tyranny"



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